A definição de “escritor mais famoso do mundo” pode variar conforme o critério usado — influência literária, número de traduções, impacto cultural ou reconhecimento popular. Entre os nomes mais citados está William Shakespeare (1564-1616), dramaturgo e poeta inglês considerado o maior escritor da língua inglesa e um dos mais importantes da literatura universal. Autor de 39 peças teatrais, 154 sonetos e diversos poemas, Shakespeare se destacou por sua capacidade de explorar a condição humana em toda a sua complexidade, abordando temas como amor, poder, ambição, ciúme, vingança e morte. Obras como Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo e Macbeth transcenderam o contexto de sua época e continuam sendo encenadas, estudadas e adaptadas em todo o mundo (GREENBLATT, 2005).

A fama de Shakespeare não se limita ao teatro ou à literatura acadêmica. Suas obras foram traduzidas para mais de 80 idiomas e adaptadas para o cinema, a televisão e outras mídias inúmeras vezes. O Guinness World Records aponta que Shakespeare é o autor mais adaptado do mundo, com milhares de produções cinematográficas e televisivas baseadas em seus textos. Seu uso inovador da língua inglesa, com a criação de centenas de palavras e expressões ainda em uso, ajudou a moldar a literatura e a cultura anglófona. Além disso, sua habilidade para criar personagens tridimensionais e conflitos atemporais fez com que seu trabalho se tornasse referência para escritores, dramaturgos e roteiristas de diferentes épocas e estilos (BLOOM, 1994).

O impacto de Shakespeare vai além da arte, influenciando a filosofia, a política e a maneira como entendemos a psicologia humana. Sua obra atravessa gerações e fronteiras culturais, mantendo-se relevante mesmo após mais de quatro séculos de sua morte. Por essa combinação de popularidade, qualidade literária e influência duradoura, Shakespeare é frequentemente considerado não apenas o escritor mais famoso do mundo, mas também um símbolo do poder da literatura para refletir e transformar a experiência humana (HONAN, 1998).