Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894, em Godalming, Surrey, Inglaterra, em um contexto familiar marcado por intensa cultura intelectual. Seu avô, Thomas Henry Huxley, era um dos principais divulgadores da teoria da evolução de Darwin, apelidado de “Bulldog de Darwin”, e seu pai, Leonard Huxley, foi editor da revista literária Cornhill Magazine. Essa atmosfera de reflexão científica e literária moldou o início de sua trajetória.

Ainda adolescente, em 1908, Aldous perdeu sua mãe, Julia Huxley, vítima de câncer, e logo depois foi acometido por ceratite punctata, condição que o deixou parcialmente cego. Mesmo assim, com muito esforço, continuou os estudos em Eton e depois em Balliol College, Oxford, onde se graduou em 1916 escrevendo seus primeiros poemas.

Nos anos 1920, Huxley se destacou com romances satíricos como Crome Yellow (1921), Antic Hay (1923), Point Counter Point (1928) e o clássico distópico Brave New World (1932), que critica o avanço desumanizado da tecnologia e controle social. Nos anos seguintes, especialmente após sua mudança para os EUA em 1937, desenvolveu-se como ensaísta e explorador da espiritualidade, com obras como The Perennial Philosophy (1945) e The Doors of Perception (1954), baseado em suas experiências com mescalina e que influenciou figuras da contracultura como a banda The Doors, cujo nome é uma referência ao título do livro.

No contexto político e cultural da época, Huxley se tornou uma voz crítica do totalitarismo, do consumismo e da desumanização da sociedade moderna. Seus escritos dialogaram com crises interguerras, o advento da Guerra Fria e a ascensão do Vale do Silício, muitos dos quais antecipados em Brave New World Revisited (1958) e concluem-se em Island (1962), uma utopia que se contrapõe ao pessimismo de sua obra mais famosa.

Em 22 de novembro de 1963, Huxley faleceu em Los Angeles, aos 69 anos, vítima de câncer oral, sua morte ocorreu poucas horas após o assassinato de John F. Kennedy, o que praticamente ofuscou sua partida nos noticiários.


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